sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sobre o belo e seu conceito.




A beleza é um valor 
A partir do século XVIII, a concepção do belo como “perfeição sensível” dá origem à estética, em substituição à poética, ciência ou arte da produção, a primeira forma sob a qual foram elaboradas as teorias da arte, desde então Platão e Aristóteles até o referido momento da mudança de paradigma.
Para os analistas alemães, em especial Baumgarten, perfeição sensível é entendida como  “representado sensível perfeita”, enquanto pura os analistas  ingleses, em especial  Hume, é o "prazer que acompanha a atividade sensível".
Kant (1974b: 309-31) unifica esses dois sentidos de perfeição sensível e conceitua o belo da seguinte maneira: 
Gosto é a faculdade-de-julgamento  de um objeto ou de um ou de um modo de representação, por uma satisfação ou, insatisfação, sem nenhum interesse. O Objeto de uma tal satisdação chama-se belo.
Belo é aquilo que, sem conceito, apraz,  ou seja, agrada universalmente.
Beleza é forma, da finalidade de um objeto, na medida em que, sem representação de um fim, é percebida nele.
Belo é aquilo que, sem conceito, é conhecido como objeto de uma satisfação necessária.
Para Kant, não há ideia de belo como defendia Platão. O belo é aquilo que agrada independentemente de qualquer interesse sensível ou racional, e o critério para se julgar algo belo é o prazer que ele desperta. Belo “sem conceito" traduz a inexistência de um modelo de belo para orientar e servir de padrão para os juízos estéticos.
O belo está presente nos objetos sensíveis e é reconhecido e julgado como tal pela sensibilidade. É uma qualidade que o sujeito atribui aos objetos a partir da experiência subjetiva de prazer por ele experimentada. O belo é, pois, um produto da faculdade subjetiva formuladora de juízos estéticos, faculdade  comum a todos os homens, o que garante a universalidade do belo porque iunda* mentada na unidade e universalidade do espirito humano.

O que podemos entender por Forma e Expressão criadora?

Finalmente, o belo é conceituado como “perfeição expressiva” e, como tal, fundamenta as teorias da arte como expressão, cujos principais representantes são os filósofos italianos Benedetto Croce (1866-1952) e Giovanni Gentile (1875-1944). Para ambos, a arte não é reprodução do que existe, mas produção de algo novo e original que nasce da intuição dos sentimentos convertidos criadoramente em imagens pelo artista.
A criação artística e a forma final das experiências, das atividades e atitudes do artista; e é a expressão final do que e vivido pelo artista.
O fato é que, entender o belo, ou a beleza, do ponto de vista filosófico não é nada fácil, é antes de tudo interessante e, se a gente conseguisse perceber o belo com tanta frieza e racionalidade, com certeza, sofreríamos menos, nos apaixonaríamos menos e em contrapartida, seríamos mais felizes, disso eu não tenho dúvida.











terça-feira, 17 de julho de 2012

Entre o Devir e o Existencialismo as linhas da "nadificação"
O Gusta fernandes, fez uma excelente postagem sobre o devir de Heráclito, aquele discurso de que  não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, que não somos a mesma pessoa entrar no rio cada vez que entramos e blá, blá, blá. Quanto a essa teoria, nada a discutir. Do ponto de vista da história da filosofia é mesmo verdade, não matemática, não indiscutível.
Minha postagem hoje vai apenas discutir o existencialismo sartreano. Visto que em meu comentário no blog Mundo Gusta, eu disse que a “nadificação” é uma re-leitura contemporânea do  devir de Heráclito, ao que meu oponente intelectual disse-me que o nada, é sempre nada e não pode deixar de ser nada. Talvez do ponto de vista da metafísica isso seja uma verdade. Mas não do ponto de vista do existencialismo. Por que? Porque segundo Sartre, o homem é o único ser que ao nascer, não passa de um miserável ser sem essência, sem significado algum. O qual tem em si apenas a condição de existência em absoluta dependência de seus genitores, do contrario definharia até a morte, mesmo antes de se tornar alguém. Verdade incontestável. Mas partir do momento em que esse pobre ser vai ganhando estatura e tomando consciência de sua EXTRAORDINÁRIA  res cogitans, ou seja, aquilo que vai se tornando coisa pensante, então sim, ele começa a sair do “nada” no qual se encontrava e agora parte para uma desesperada tentativa de dar significado a sua existência. É isso que eu estou fazendo, é isso que você está fazendo. É isso que inconscientemente todo mortal pensante faz. Nossa res cogitans (teoria decartiana) nos impede de não darmos significado a nossa miserável passagem pelo que ele chamaria de res extensa.
Mas vamos voltar ao existencialismo sartreano.  Sartre então afirma que não importa o quanto nos esforcemos para nos melhorar, não importa todo nosso investimento intelectual e material, para sairmos do nada que somos, nós sempre vamos nos deteriorar e o que nos aguarda é inevitavelmente a morte. A “nadificação” de nossos projetos, que serão impiedosamente interrompidos em definitivo. E por conseguinte, dessa vez nos aniquilando, nos transformando em pó, em algo menor do que quando erámos um nada. Pois daquele momento ainda tínhamos uma existência que poderia ser cultivada por nossos genitores até que pudéssemos por nossas forças cuidar de nossa res cogitans.
Enfim, sem instigar controvérsias, sem enfretamentos intelectuais e mesmo sem discussões fundamentadas em subjetivismo. O nada, nada é. Mas ele é no homem uma res cogitans caminhando para o seu contrário. C’est fini.

domingo, 1 de julho de 2012

Olhar

Quando o olhar se solta, vê o que não veria preso.
Solto vai mais longe sem contudo, sair do lugar.
Não importa onde, se o olhar for profundo, ele vê até o infinito que é exatamente até onde eu amo você.