Conhece a história do Dia Internacional do Orgulho Gay? A data é 28 de junho, e leva também o nome de Dia da Consciência Homossexual. Dezenas de cidades, no Brasil e no mundo, promovem as paradas gays neste mês. Neste domingo, a Capital de São Paulo, recebe o maior público gay do mundo, o que é uma grande falácia porque a muita gente que vai ali são curiosos e blá, blá,blá. Mas não estou aqui hoje só pra isso. Vou postar sobre a história do homossexualismo. Vou fazer 3 postagens diferentes com o mesmo objetivo. E nunhuma dessas postagens visa defender a parada gay. Quem leu meu post o ano passado sabe qual é minha opinião sobre tal assunto. E Depois da parada, eu vou fazer a postagem vale a pena ler de novo e então você me diz o que pensa. Tá certo assim?
O corpo: a beleza, o pecado e a doença
A Igreja diz: O corpo é uma culpa. A Ciência diz: O corpo é uma máquina. A publicidade diz: O corpo é um negócio. O corpo diz: Eu sou uma festa. (Eduardo Galeano, escritor uruguaio)
A Igreja diz: O corpo é uma culpa. A Ciência diz: O corpo é uma máquina. A publicidade diz: O corpo é um negócio. O corpo diz: Eu sou uma festa. (Eduardo Galeano, escritor uruguaio)
Um pouco de História
Cerca de 300 anos antes de Cristo, uma força militar formada por 150 casais de homossexuais, conhecida como Batalhão Sagrado, fazia o chão tremer. Armados de espadas, escudos e muita bravura, eram membros da tropa de elite da cidade grega de Tebas. Temidos e respeitados tanto pelo seu povo quanto por seus inimigos, eram quase imbatíveis, pois cada soldado lutava ao lado de seu amante, sendo responsável por sua proteção. Mais de dois mil anos depois, a aparição coletiva de “indivíduos com orientação sexual voltada para pessoas do mesmo sexo, entre outras combinações”, continua causando arrepios. Mas não pelos mesmos motivos.
Empunhando bandeiras com as cores do arco-íris, “montados” em saltos altíssimos, fantasias extravagantes, perucas exuberantes ou simplesmente vestidos de forma convencional, um festivo batalhão composto por milhares de homossexuais (hoje identificados pela sigla GLBT – gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) invade as ruas de várias cidades do mundo uma vez por ano. Agora, como participantes das Paradas do Orgulho Gay, lutam contra a clandestinidade a que vêm sendo submetidos há séculos, desde que forças sociais, econômicas, culturais e religiosas estabeleceram os padrões “normais” de sexualidade vigentes até hoje
Mas afinal, quando esse monte de gente foi obrigado a se esconder dentro do armário? Os mais antigos registros históricos encontrados por pesquisadores parecem mostrar que, do surgimento do homem no planeta até a Antiguidade, a sexualidade era vivida em suas variadas possibilidades com certa naturalidade. Foi somente com o advento do cristianismo e o surgimento das primeiras nações européias na Idade Média, que o sexo ganhou status de pecado, sendo justificável apenas para fins reprodutivos. ( E por favor não entendam que eu esteja acusando o cristianismo, não mesmo, afinal eu sou cristão e acho que o cristianismo não representa mais esse papel de repressor, falar a Igreja vai sempre, mas quem mais inibi e machuca é a própria família e a sociedade num todo). Assim, todas as práticas sexuais que não se enquadravam nesta categoria viraram coisa do demônio. Passaram então a merecer punições, das mais leves, como a penitência, às mais “definitivas”, como a queima em fogueira. Com a contribuição da ciência e do direito no século 19, algumas dessas práticas, como o recém-nomeado homossexualismo, conhecido até então simplesmente como “relação entre pessoas do mesmo sexo”, passou a ser considerado também doença e crime.Foi somente por volta dos anos 60 do século 20, com o movimento de contracultura, a revolução sexual, os avanços científicos e os progressos legais, que o homossexualismo deixou de ser considerado doença e foi descriminalizado em vários países. Conquistas que abriram espaço para um ativismo voltado para questões como o direito à visibilidade social e cidadania. Movimento que com o apoio de políticos, dos meios de comunicação, de intelectuais e de eventos, como as paradas gays, ganhou força na década de 70. Mas que com o surgimento da Aids nos anos 80 e sua vinculação inicial aos gays, sofreu um duro golpe. Revés que fez com que muita gente fosse obrigada a se tornar invisível novamente.
Gays, que nos anos 90, puderam sair das sombras graças à diminuição do pânico em relação a Aids. E que, com poder de compra, começaram a se tornar um atraente segmento de mercado a ser explorado. O que, tanto o poder público, quanto algumas empresas mais antenadas descobriram rapidamente, fazendo surgir em um passe de mágica alguns espaços amigáveis ao público gay, além de produtos, serviços, pacotes turísticos e, lógico, muita simpatia.
Confusões em 2009
Mesmo com um número menor de participantes, a 13ª edição do evento foi marcada por brigas e confusões. Uma bomba de fabricação caseira explodiu no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, e deixou pelo menos 20 feridos. E essa confusão, mal resolvida rendeu vários posts em vários blogs diferentes, inclusive com uma postagem aqui no Ká Entre Nós.
Empunhando bandeiras com as cores do arco-íris, “montados” em saltos altíssimos, fantasias extravagantes, perucas exuberantes ou simplesmente vestidos de forma convencional, um festivo batalhão composto por milhares de homossexuais (hoje identificados pela sigla GLBT – gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) invade as ruas de várias cidades do mundo uma vez por ano. Agora, como participantes das Paradas do Orgulho Gay, lutam contra a clandestinidade a que vêm sendo submetidos há séculos, desde que forças sociais, econômicas, culturais e religiosas estabeleceram os padrões “normais” de sexualidade vigentes até hoje
Mas afinal, quando esse monte de gente foi obrigado a se esconder dentro do armário? Os mais antigos registros históricos encontrados por pesquisadores parecem mostrar que, do surgimento do homem no planeta até a Antiguidade, a sexualidade era vivida em suas variadas possibilidades com certa naturalidade. Foi somente com o advento do cristianismo e o surgimento das primeiras nações européias na Idade Média, que o sexo ganhou status de pecado, sendo justificável apenas para fins reprodutivos. ( E por favor não entendam que eu esteja acusando o cristianismo, não mesmo, afinal eu sou cristão e acho que o cristianismo não representa mais esse papel de repressor, falar a Igreja vai sempre, mas quem mais inibi e machuca é a própria família e a sociedade num todo). Assim, todas as práticas sexuais que não se enquadravam nesta categoria viraram coisa do demônio. Passaram então a merecer punições, das mais leves, como a penitência, às mais “definitivas”, como a queima em fogueira. Com a contribuição da ciência e do direito no século 19, algumas dessas práticas, como o recém-nomeado homossexualismo, conhecido até então simplesmente como “relação entre pessoas do mesmo sexo”, passou a ser considerado também doença e crime.Foi somente por volta dos anos 60 do século 20, com o movimento de contracultura, a revolução sexual, os avanços científicos e os progressos legais, que o homossexualismo deixou de ser considerado doença e foi descriminalizado em vários países. Conquistas que abriram espaço para um ativismo voltado para questões como o direito à visibilidade social e cidadania. Movimento que com o apoio de políticos, dos meios de comunicação, de intelectuais e de eventos, como as paradas gays, ganhou força na década de 70. Mas que com o surgimento da Aids nos anos 80 e sua vinculação inicial aos gays, sofreu um duro golpe. Revés que fez com que muita gente fosse obrigada a se tornar invisível novamente.
Gays, que nos anos 90, puderam sair das sombras graças à diminuição do pânico em relação a Aids. E que, com poder de compra, começaram a se tornar um atraente segmento de mercado a ser explorado. O que, tanto o poder público, quanto algumas empresas mais antenadas descobriram rapidamente, fazendo surgir em um passe de mágica alguns espaços amigáveis ao público gay, além de produtos, serviços, pacotes turísticos e, lógico, muita simpatia.
Confusões em 2009
Mesmo com um número menor de participantes, a 13ª edição do evento foi marcada por brigas e confusões. Uma bomba de fabricação caseira explodiu no Largo do Arouche, no centro de São Paulo, e deixou pelo menos 20 feridos. E essa confusão, mal resolvida rendeu vários posts em vários blogs diferentes, inclusive com uma postagem aqui no Ká Entre Nós.
A continuar....
Enfim amigos, sei que estou cada vez mais distante do blog de todos, mas o coração anda sempre juntinho e sempre lembrando de vocês, atualmente estou numa fase complicada de trabalho e também num lento tramento de saúde. Mas ainda assim vou visitar uns e outros ao longo dessa semana.
Quem tiver interesse acompanhe a trilogia sobre a história da Parada do Orgulho Gay.
Bju pra todos com o carinho de sempre. Tenhamos orgulho do que somos, ter mais orgulho do que isso é idolatria e cheira a preconceito e desrespeito.
Leia mais em VEJA.com
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8 comentários:
Olá Jay! Td bem?
Primeiramente, fiquei contente em te reencontrar no MSN aquele dia. Apareça sempre que puder. Espero que o tratamento esteja propondo o melhor para você! E eu também estava numa correria danada, ainda bem que veio aí o feriado.
Estou adorando esta trilogia! Irei acompanhar, é sempre bom saber um pouco da história!
Beijo!
Muito bom e substancial seu post. A relação com as palavras ..tudo a ver.
beijos
Apesar disso tudo, eu acredito que em vários lugares do mundo (inclusive o Brasil) a situação de gays, lésbicas e bi's está melhorando.
Percebo isso pelas novas gerações, que estão mais flexíveis em relações à essas questões.
fui
maravilhoso post.. espero ler os proximos que viram.
e sabe um pouco mais ...
abraços e vcs sumiram do meu bloguinho... favor da uma fuçada lah ok ...
heeeh
abraços
Oi Jay, eu ando sumido aqui do seu blog e fica meio grosseiro vir aqui para fazer crítica. Mas é que me incomoda os próprios homossexuais referirem a si usando o termo homossexual-ISMO.
Pelo que sei, o que está atrás do termo é algo pejorativo e não descreve a nossa realidade.
Seu texto ficou muito bom, mas se fosse de uma outra pessoa qualquer eu teria parado na primeira vez que li homossexualismo. Como é você continuei.
Reveja o termo homossexualismo aí, substitua pelo homossexualidade que é o que as ciências parcelares tem utilizado para se referir a nós, pois entendem que nossa atração afetiva e sexual é sexualidade e não um anormalidade.
Peixos, me twitta.
O corpo é uma festa! \o/
Mas deve ser bem cuidado ;)
Acompanhandpo a trilogia!
Sei lá viu,
Sou a favor do voto contra o preconceito, mas referente a ferveção sou contra....!!!!
tem coisas que acontecem que fico indignado!
Enfim, todo ano é a mesma coisa!
beijos,
E saudade Jay&Alê!
Ai meu sonho era ir na parada esse ano, mas infelizmente vou ter que deixar pro proximo de novo "/
Beijão =*
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